Se Big Data já vem revolucionando a forma de se fazer e pensar negócios agora, daqui a alguns anos, a transformação será ainda maior.
Aposta certeira
“Nesse mercado cada vez mais competitivo, em que os recursos são escassos e há briga por margens muito pequenas, as empresas precisam ser mais rápidas, mais ágeis e, fundamentalmente, mais inteligentes. Os negócios que se apropriarem de Big Data Analytics conseguirão diferenciais para estarem à frente da concorrência, prevendo melhor demanda, aumentado a eficiência operacional, conhecendo melhor seu consumidor etc. Essas são apenas algumas das vantagens. Com a solução desses problemas, outras questões serão impulsionadas, como o desenvolvimento do capital humano, a valorização da inovação e a criação de novos modelos de negócios”. Luiz Temponi, co-founder da Hekima.
Nortear estratégias
“As soluções de Big Data Analytics permitem às organizações processar o universo dos dados não estruturados e semiestruturados que abrangem, entre outros, documentos trocados por seus colaboradores e informações das redes sociais para, assim, transformar essas informações em inteligência. Fato que irá nortear as estratégias do seu negócio”. Rommel Carneiro – Consultor em Gestão de Informação e Professor da PUC Minas.
Internet das coisas e análises preditivas
“O trabalho de Big Data Analytics é, definitivamente, algo que irá impactar o nosso futuro. Internet das coisas, análises preditivas e demais desenvolvimentos irão nos ajudar a fazer um uso inteligente daquilo que estamos desperdiçando há muito tempo: dados. Já alcançamos, hoje, uma boa maturidade com relação à estruturação de banco de dados, mas não exploramos todo o potencial disso na hora de tirar inteligência dessas informações. Portanto, posso dizer que os trabalhos relacionados à Big Data irão ditar quais empresas dominarão o mercado nos próximos anos. Quem souber usufruir deste tipo de informação se destacará.”
Clelmo Lucio, Gestor de Tecnologia da Informação, especialista em gestão de projetos, atua no mercado ha mais de 25 anos em consultorias de TI.
Personalização de produtos e decisões
“Empresas investirão, cada vez mais, em produtos personalizados e decisões baseadas em dados. E, apesar de serem construídos a partir de dados e inteligência artificial, os negócios resultantes serão muito mais humanos e focados no indivíduo”.
Thiago Cardoso, co-founder e CTO da Hekima.
Solução para crises
“A análise de dados é o que irá diferenciar as empresas no mercado nos próximos anos. Isso ocorrerá de uma forma natural, tanto que acredito que após um tempo, esta prática será algo obrigatório como, por exemplo, hoje temos sistemas de CRM ou ERP nas empresas. Em momentos de crise, como este que passamos no Brasil, o uso de Big Data Analytics é ainda mais necessário, pois consegue apontar melhores caminhos ou soluções para grandes problemas. Pensando em uma tendência mundial, temos um cenário onde as empresas têm que economizar recursos, usá-los com racionalidade para, assim, reduzir sua pegada ecológica. Não consigo ver uma técnica mais eficiente para encontrar esses caminhos do que a análise de dados. Isto vai além do uso da tecnologia, pois aqui é necessário também o conhecimento específico da área que a empresa atua, afinal, Big Data deve ser matéria-prima e ferramenta do especialista em seu estudo de melhoria.” Mário Mol – formado em Ciência da computação, com especialização em Engenharia de Software e Projetos.
Inteligência artificial + Big Data
A publicação científica MIT Technology Review, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), anunciou um protótipo de inteligência artificial chamado Deep Learning que está sendo desenvolvido com a finalidade de simular a rede de neurônios do ser humano. Dessa forma, será possível que o computador consiga interpretar sentimentos ou sensações humanas a partir da análise de dados disponíveis no ambiente on-line, como no caso das mídias sociais. A ideia é que se possa antever o comportamento da pessoa a partir desta análise, até antes da postagem de uma informação em texto mais específica, o que tornaria possível, por exemplo, prever o comportamento humano inclusive para evitar um ataque terrorista.
Big Data na nuvem
Considerando que o volume de dados disponibilizados em rede é imenso e que a captação e a análise dessas informações exigem um alto investimento por parte das empresas, já existem organizações estudando colocar a sua estrutura de Big Data na nuvem. Esse projeto pode tirar a responsabilidade da empresa de ter uma boa estrutura para comportar os dados, o que deve resultar em redução de custos e uma maior flexibilidade na hora de analisar todas essas informações. Detecção de fraudes, Internet das Coisas (IoT), análise de sequência de cliques, entre outros, são exemplos de aplicações de Big Data que podem ser criadas e implantadas via soluções em nuvem.
Smart cities
O Big Data pode facilitar o dia a dia dos cidadãos de muitas cidades pelo mundo afora. O termo smart cities, ou cidades inteligentes, está ganhando cada vez mais força. Essa denominação está relacionada aos municípios que começaram a usar o Big Data para coletar os dados gerados pela população para organizá-los e utilizá-los em análises a fim de alimentar os órgãos do governo com informações importantes para o funcionamento da cidade, envolvendo itens como trânsito, esgoto e clima.Por mais que o uso do Big Data para o melhoramento da rotina nas cidades ainda esteja no início, podendo ser otimizado, já existem exemplos do uso dessa tecnologia, como é o caso de Londres, no Reino Unido. Por lá, a administração do transporte público usa o Big Data para cruzar os dados captados nas catracas eletrônicas com as informações disponibilizadas nos aplicativos de pagamento das tarifas. Dessa forma, é possível verificar os hábitos de transporte da população para, assim, determinar, entre outros aspectos, os melhores horários para realizar manutenções nos equipamentos ou a necessidade de alterar algumas rotas.Outro exemplo é o da cidade de Barcelona, na Catalunha. A partir dos seus smartphones, os moradores e também os turistas lançam os dados que permitem identificar onde e quando o fluxo de pessoas está aumentando. A partir da coleta e análise dessa massa de informações, o governo pode investir em ações como o aumento do policiamento em determinadas regiões ou em determinados horários com muito mais assertividade. Além disso, é possível entender os padrões de estacionamento na cidade para que seja viável atuar em melhorias de mobilidade urbana.
Big Data e privacidade
Segundo o Gartner, até 2018, 50% das brechas e violações de ética empresarial estarão ligadas aos dados. O desafio à segurança dos dados terá de ser enfrentado com mais e melhores controles e procedimentos voltados à privacidade. Inclusive porque os usuários exigiram isso.Com o passar do tempo poderemos ver o que e como se tornará, de fato, realidade. Mas uma coisa é certa: o Big Data deve continuar a se popularizar e crescer, sendo cada vez mais utilizado, revisto, reformulado e aperfeiçoado. E o recado claro é que companhias que ainda não atentaram para esse conjunto de tecnologias e suas múltiplas funções e vantagens, estão perdendo (muito) tempo.
Se você gostou, inscreva se, mande sua opinião!
Meu e-mail: diogo.vidal@outlook.com | Diogo Vidal
Comments